Teotihuacán do alto

Teotihuacán do topo
Observa-se a estrutura do sítio arqueológico, com a Avenida dos Mortes ligando a Pirâmide da Lua, na direita, ao templo de Quetzalcóatl, na esquerda, passando pela Pirâmide do Sol no meio.

Teotihuacán é um sítio arqueológico localizado a 40km, ou mais ou menos 1 hora, ao Norte da Cidade do México, famoso pelas pirâmides do Sol e da Lua, partes importantes do grande centro urbano que outrora florescia no local. O primeiro povoado data de 600 a.C., mas seu esplendor se deu na era clássica, que vai de 292 a.C. até ao ano 900. Acredita-se que Teotihuacán era um centro cosmopolita, com evidências de diversos povos de outras regiões do México encontradas no local e vice-versa. No seu apogeu, “Teotihuacán foi a maior cidade da América pré-colombiana, com uma população de mais de 125 mil pessoas, tornando-se, no mínimo, a sexta maior cidade do mundo naquela época.”

Os principais pontos do sítio arqueológico são:

  • Avenida dos Mortos – vai da pirâmide da Lua ao Templo de Quetzalcoatl, ou Templo da Serpente Emplumada, e percorre 4 km entre subidas e descidas em escadarias de pedra originais.
  • Pirâmide da Lua – a menor entre as duas, com 45km de altura, que fica no final (ou começo?) da Avenida. Se sobe somente até a metade dela, pois os últimos lances de escada estão levemente destruídos.
  • Pirâmide do Sol – a maior das duas pirâmides, com 65m de altura, fica no meio da Avenida dos Mortos e nela se sobe até o topo, onde antigamente existia um tempo. Ela está orientada de acordo com a direção de nascer do Sol.

Uma curiosidade é que o cume das duas pirâmides fica mais ou menos na mesma altura, mesmo a da Lua sendo menor, pelo fato de que ela foi construída em terreno mais alto.

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Conhecer esse lugar parecia um sonho distante, algo bem longe num futuro incerto, mas como a vida às vezes nos dá presentes, tive a chance de ir ao México muito antes do que eu esperava. Como teria pouco tempo livre para ser turista, tive que escolher aquilo que conheceria, mas Teotihuacán nunca saiu do topo dela. Meu plano inicial era chegar às pirâmides de forma independente, como meu amigo mexicano me aconselhou, e passar quanto tempo quisesse sem hora para voltar, mas olhando fotos na internet me deparei com alguns balões de ar quente na paisagem e fiquei curiosa.

Até essa ocasião, tinha voado de balão uma vez na vida, em Dubai, e me apaixonei. Tenho um certo medo de altura e achei que teria problemas ao voar, mas creio que por me sentir segura em todas as ocasiões, não enfrentei esse medo ao voar de balão.

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Pesquisando sobre Teotihuacán antes de ir ao México, vi de relance sobre o passeio de balão, algumas fotos e descrições vagas, mas não me aprofundei nas informações online e deixei para pesquisar melhor já estando lá na Cidade do México.

Aparentemente existem 5 agências na cidade que oferecem o passeio, creio que o preço varie entre elas, inclusive existem passeios que incluem outras atrações, mas acabei fechando o passeio mais simples da agência que estava sendo oferecida no hotel que fiquei, que incluía transporte de ida e volta, o voo de balão, um brinde com vinho local, café da manhã e o ingresso para as ruínas.

Nosso dia começou cedo, pois, como me explicou Gerardo, o piloto do nosso balão, as correntes de ar de manhãzinha estão mais calmas e, por isso, os voos não são só mais tranquilos, como também mais longos. A van que nos levaria até o globo puerto – um “porto” para balões – chegou ainda de madrugada no hotel, de onde partimos para 1 hora na estrada. Chegando ao porto, fomos recebidas com algumas amenidades, como café e bolos, para comermos um pouco antes de voar. Chegando a hora, os passageiros são divididos entre os balões e subimos, sempre fluindo de acordo com as correntes de ar.

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Há algo mágico e nostálgico em ver os balões de ar quente se enchendo e subindo, um a um, enchendo o céu de pontos coloridos. O voo é feito com calma e, em muitos momentos, nos encontramos em total silêncio.

Voamos por 50 minutos antes de pousarmos em uma clareia em meio aos cactos que compõe grande parte da flora da região. Ainda na cesta do balão, brindamos nosso voo com um vinho espumante local – muito bom por sinal – enquanto Gerardo explicava um pouco da história dos balões de ar quente. Depois disso nos levaram ao local de café da manhã, em estilo buffet com alguns pratos típicos, mas pouca variedade, e em seguida nos levaram para conhecer as ruínas por baixo, assunto para outra postagem.

Foi uma experiência mágica e única ver Teotihuacán desse ângulo, tentando imaginar os 125 mil habitantes que um dia viveram nessa imponente cidade.

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Serviço: Voo em balão de ar quente sobre Teotihuacán, México
Sky Balloons – skyballoons.mx
MX$2530 (aproximadamente R$450)